Egressos do IFMG - Campus São João Evangelista: Ana Cristina Oliveira
Conheça a trajetória de Ana Cristina, aluna da primeira turma de Agronomia e apaixonada pelo Campus.
Por Maria Paula Santiago
A egressa Ana Cristina Oliveira Santos (38), não esconde sua gratidão pelo IFMG - Campus São João Evangelista. Formada em Agronomia desde 2016, atualmente atua como engenheira agrônoma na Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), no escritório local de Ribeirão das Neves.
Natural de Gouveia (MG), Ana Cristina morou por vários anos em São João Evangelista. Ela conta que, antes de viver essa experiência, morar fora de casa parecia uma brincadeira, mas, ao pisar no Campus pela primeira vez, entendeu que aquele ambiente poderia transformar sua vida.
Ainda no Ensino Médio, quando a instituição era uma Escola Agrotécnica Federal de São João Evangelista, Ana Cristina cursou o técnico em Informática. Alguns anos depois, retornou para integrar a primeira turma do curso de Agronomia.
Experiências que transformam o olhar
Durante sua graduação, Ana Cristina participou de diversos projetos científicos e de extensão, como um voltado à ovinocultura e também atividades na estação meteorológica do Campus. Ela destaca com entusiasmo as oportunidades que teve:
É uma faculdade que realmente traz cursos que vão te oferecer o mundo. Participei de muitos congressos, seminários e viagens... Conheci praticamente todas as capitais graças ao Campus, que sempre nos ajudava com os custos.
Ana também ressalta a importância do Projeto Rondon em sua formação. Organizado pelo Ministério da Defesa, o projeto, idealizado por Marechal Rondon, seleciona estudantes de diversas instituições para atuarem em regiões com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).
Ela relembra sua experiência na cidade de Açailândia, no Maranhão. Antes da viagem, passou o mês de janeiro elaborando panfletos, palestras e materiais sobre educação ambiental e boas práticas com os animais. Durante a missão, visitou comunidades indígenas, assentamentos da reforma agrária e moradores locais.
Quando fui para o projeto Rondon, eu nem sabia o que era agricultura familiar. Lá eu entendi que havia pessoas que viviam disso, mas de uma forma muito diferente... Era o que conhecíamos como agricultura de subsistência.
Segundo Ana Cristina, a vivência mudou completamente sua perspectiva, tanto pessoal quanto profissional:
Hoje, essa experiência faz uma diferença gigantesca no meu trabalho. Consigo visitar produtores que não sabem ler ou escrever, conversar com eles e compreender suas realidades.
O amor entre gerações
A paixão pela área rural vem de família. Os avós de Ana Cristina sempre trabalharam com a terra, principalmente na bovinocultura. Criada pela mãe, com apoio dos avós, ela passava os fins de semana e férias na roça, aprendendo sobre o campo. Hoje, seu filho também demonstra grande interesse pela vida rural.
Durante a graduação, ela se dedicou intensamente aos projetos oferecidos pelo Campus. Estagiou na Emater de Diamantina e de Gouveia. Assim que se formou, foi aprovada em concurso do IBGE, assumindo o cargo de coordenadora do Censo Agropecuário.
Lugar de pertencimento
Para Ana Cristina, o Campus São João Evangelista oferece uma vivência única e promove oportunidades de crescimento que muitas pessoas talvez não teriam de outra forma. Ela destaca a importância dos programas de assistência estudantil:
O Campus sempre ofereceu muitas oportunidades aos estudantes. Além da comida boa, tem ótima localização, segurança, atendimento médico, dentista e uma biblioteca sensacional. O Campus transforma vidas e oferece uma gama de cursos.
Ana ainda compartilha um motivo especial pelo qual sente tanto carinho pelo Campus: foi fundadora do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da unidade. Sempre interessada em políticas públicas, conheceu a União Nacional dos Estudantes (UNE) por meio da professora Márcia Cesário, do curso Técnico em Nutrição e Dietética. Seis meses antes de concluir o curso, decidiu fundar o DCE.
Eu pude contribuir com isso, trabalhei para isso, fui presidente do DCE. Acho que isso me dá um senso de pertencimento muito grande ao Campus... Não consigo me desvencilhar de lá.
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