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Conheça os projetos do campus que foram destaque no Prêmio Mérito Extensionista 2022

Publicado: Quinta, 09 de Março de 2023, 13h37 | Última atualização em Quarta, 22 de Março de 2023, 11h01

Em 14 de dezembro de 2022, através de uma live transmitida no Youtube, aconteceu a divulgação dos vencedores do Prêmio Mérito Extensionista 2022, promovido pela Pró-reitoria de Extensão do IFMG. Este prêmio foi criado em 2021 com o objetivo de valorizar e reconhecer as ações de Extensão do IFMG, evidenciando as personalidades, os campi e os projetos de maior destaque a cada ano.

O Campus São João Evangelista recebeu destaque por três projetos desenvolvidos. Conheça um pouco de cada um!

Projeto: Monitoramento da qualidade da água do Ribeirão Graipu com enfoque nos macroinvertebrados bentônicos

  • Orientadoras: Graziele Wolff de Almeida Carvalho e Patrícia Pereira Gomes.

Depoimentos:

Elisa de Pinho Barroso Mesquita – Assessora de Gestão Ambiental do SAAE - Guanhães
"O programa do Instituto Federal de Minas Gerais – Campus São João Evangelista sobre qualidade e integridade biológica do Ribeirão Graipu através da análise da comunidade de macroivertebrados bentônicos (MO) proporciona a comunidade, principalmente ao Serviço Autônomo de Água e Esgoto – SAAE Guanhães, entender e monitorar as condições da água utilizada para abastecimento público da cidade de Guanhães e outras atividades.

Assim, possibilita o mapeamento de áreas de interesse onde serão necessárias intervenções e a aplicação de projetos de recuperação e revitalização da bacia hidrográfica que melhorem a qualidade dos corpos hídricos."

Graziele Wolff de Almeida Carvalho - Professora do IFMG - Campus São João Evangelista, coordenadora do projeto

"Trabalho com qualidade de água desde a graduação e entendo a importância desse tema para a população em geral. E, coordenar um projeto nesse tema na cidade onde moro é muito gratificante, pois posso aplicar meus conhecimentos adquiridos ao longo de minha jornada acadêmica além de divulgar a ciência e fazer extensão. Como moradora de Guanhães, percebo a importância do projeto para melhorias na gestão da bacia do Ribeirão Graipu além de promover educação ambiental.

Esse é um projeto fomentado pelo SAAE GUANHÃES e conta com uma equipe de profissionais qualificados que, juntos, veem trazendo maiores conhecimentos sobre os bioindicadores de qualidade de água além do levantamento sobre a atual situação da bacia.

Juntamente com a professora Patrícia, a mestranda Elisangela C. (MPSTA-IFMG) e apoio de diferentes instituições como o IEF, Cenibra e o Laboratório de Ecologia de Bentos da UFMG, sob coordenação do prof. Dr. Marcos Callisto, realizamos um diagnóstico da situação da bacia e pontuamos ações necessárias a serem realizadas que irão contribuir para a melhoria da qualidade e quantidade da água que a população tanto almeja. Temos ainda um caminho longo pela frente nessa parceria que está dando muito certo entre o IFMG-SJE e SAAE GUANHÃES"

Bruno Fernandes, aluno do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas

"Receber a notícia da premiação do nosso projeto foi a confirmação de um excelente trabalho que desenvolvemos ao longo desse primeiro ano de pesquisa. Senti muito orgulho.

Pesquisar sobre esse tema nos permite uma visão crítica e reflexiva quanto à importância dos seres vivos e das comunidades biológicas. Esse contato nos permite um entendimento abrangente da importância do controle da qualidade de corpos hídricos e de ferramentas suporte no combate à degradação ambiental, eventualmente causada por interferências antrópicas, como: desmatamento de matas ciliares, queimadas, erosão do solo por pastagens, entre outras.

É um contato inicial com a pesquisa extremamente importante. Não tenho dúvidas que esse conhecimento irá me favorecer no momento de cursar uma pós graduação, atuar na docência e trabalhar com educação ambiental.

Fazer parte desse projeto é um grande privilégio para o meu desenvolvimento enquanto cidadão e acadêmico. Sou muito grato à professora Graziele, à professora Patrícia, aos meus colegas de pesquisa, ao SAAE e ao IFMG - Campus São João Evangelista pela oportunidade."

Fotos do projeto

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Projeto: Museu de zoologia do IFMG: Um espaço não formal para o ensino de Ciências e Biologia

  • Orientador: Marcelo Augusto Filardi

Museus zoológicos são uma estratégia metodológica diferencial, mobilizadora e promissora para a sensibilização coletiva, numa perspectiva instigante, construtiva e reflexiva para os impactos ambientais humanos. Neste contexto, em uma iniciativa inédita no IFMG-SJE, este projeto envolvendo o “Museu de Zoologia” vem contribuindo para a construção de um conhecimento mais contextualizado, transdisciplinar e reflexivo sobre as ciências naturais e os impactos antrópicos ambientais, já que muitos animais taxidermizados (“empalhados”) ali expostos foram mortos por atropelamento acidental, envenenamento, eletrocussão ou, ainda, ataque de cães domésticos ou pelo próprio ser humano. Pela técnica da taxidermia, estes animais estão, de certa forma, imortalizados e contribuindo, de alguma maneira, para uma sensibilização reflexiva e conscientizadora.

A seguir, alguns dos animais taxidermizados e expostos no Museu de Zoologia do IFMG|SJE. Fotos: Marcelo Filardi.

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Depoimentos:

Carlos Eduardo Alves da Silva, – aluno do curso de Ciências biológicas, bolsista

"Como bolsistas recebemos escolas de várias escolas de régios próximas ao campus. Ao final do mês de novembro já eram registras aproximadamente 1500 visitantes no caderno de registro de visitantes. As visitas tiveram tanta repercussão que hoje as escolas que participam da visita não vão apenas ao Museu, mas uma visita guiada, e passam a conhecer vários outros setores do IFMG SJE, como os prédios de aulas e laboratórios que compõem o Campus e também outros setores como o aviário, suinocultura, setor de beneficiamento de café, horta e demais setores. As visitas do museu foi uma forma de unir e criar parcerias entre o público externo com a instituição. O museu me proporcionou, de certa forma, um estágio enquanto recebia os alunos de várias escolas, e isso foi de suma importância para a minha formação."

Valdeir Guedes de Carvalho – aluno do curso de Ciências biológicas, bolsista do projeto

"O Museu de Zoologia proporcionou inúmeros benefícios para a comunidade e a Instituição. Dentre eles a oportunidade dos alunos da região em conhecer a estrutura do Campus e vislumbrar a possibilidade de serem estudantes do Instituto. Além disso, o acesso a um ambiente não formal de ensino pode estimular o interesse, participação e principalmente conscientizar dos estudantes a respeito da importância da conservação ambiental na região.

Além desses benefícios para os visitantes o museu abriu novas possibilidades também para os estudantes internos do próprio Intitulo, seja para o nível médio com a visitação ao ambiente não formal de ensino ou para o nível superior, favorecendo a criação e trabalhos secundários ao museu em eventos científicos, além de projetos de TCCs. Ainda, por meio do acolhimento e guia dos estudantes internos e externos os bolsistas tiveram a oportunidade de vivenciar a docência, contribuindo no processo de formação do graduando, visto que dentre as mais de 1500 pessoas visitantes do museu foram recebidos públicos de variadas faixas etárias, áreas rurais e urbanas e pessoas com deficiências, proporcionando a oportunidade e experiência de conhecer as particularidades de cada grupo.

As perspectivas futuras para o projeto são bastante animadoras, visto o sucesso alcançado já no primeiro ano com visitações. Por ser um projeto pioneiro tanto na instituição quanto em toda a região, os ajustes vão sendo feito de acordo com as demandas do público e da instituição. Melhorias e ampliações na infraestrutura do espaço físico do local é algo imprescindível para garantir o conforto e qualidade no ensino aos visitantes."

Projeto: Extensão em apoio à emancipação social de mulheres em estado de vulnerabilidade no entorno do Instituto Federal de Minas Gerais - Campus São João Evangelista

  • Orientadora: Fernanda Ayaviri Matuk van Maurik

Relato de experiência feito pela orientadora:

"As atividades do projeto ‘Extensão em apoio à emancipação social de mulheres em estado de vulnerabilidade no entorno do Instituto Federal de Minas Gerais – Campus São João Evangelista’, fomentado pelo Edital 21/2022 e realizado em parceria com o Centro de Referência em Assistência Social (CRAS) da Prefeitura Municipal de São João Evangelista, foram desenvolvidas de Maio a Outubro de 2022. O projeto objetivou promover a construção e o acesso a conhecimentos e práticas que apoiem emancipação social e econômica das mulheres que vivem em áreas periféricas de São João Evangelista - MG (SJE). As diversas ações do projeto foram realizadas com um grupo de mulheres que vivem em um distrito carente, porém muito especial de SJE: Comercinho.

O grupo, previamente atendido pelo CRAS, adotou uma parceria com a equipe do projeto do IFMG - Campus São João Evangelista, incluindo: a professora de extensão e coordenadora do projeto, Fernanda Ayaviri Matuk van Maurik; a professora de Nutrição, parceira no projeto, Margarida Maria Higino de Jesus; e a bolsista do curso Técnico Integrado em Nutrição e Dietética do campus, Helloany Araújo. O grupo incluiu em torno de 20 mulheres, sendo a maioria delas de idade acima dos 35 anos e ocupadas com atividades voltadas para suas famílias ou como empregadas domésticas. As atividades do projeto incluíram os métodos ‘círculos de cultura’, de Paulo Freire (2000), e linha do tempo e priorização de demandas, da professora da Universidade Federal de Viçosa, France Maria Gontijo Coelho (2015). As atividades focaram em viabilizar o acesso a conhecimentos de diferentes áreas:

  1. empoderamento da mulher, entendimento crítico de sua história e realidade;
  2. valorização da identidade feminina e do seu papel, na família e na comunidade local;
  3. conscientização e mobilização política, junto a gestores públicos, em torno de problemas centrais identificados;
  4. empreendedorismo, com produtos, atividades artesanais e alimentares que elas já produzem; possivelmente a serem organizados para serem vendidos, futuramente, em uma feira, que elas almejam implantar com o apoio da prefeitura, para ampliar a renda familiar; e
  5. saúde e prevenção de doenças, via a alimentação e o uso de plantas medicinais.

Também foi realizado um Sarau Solidário, no qual foram doadas roupas, arrecadadas por meio de campanha do projeto, para toda a comunidade local. As mulheres lideraram um bingo e convidaram mais mulheres de Comercinho a aderirem ao grupo. As mulheres se envolveram assiduamente nas atividades realizadas, se motivaram muito a se mobilizarem e a lutarem pelos seus ideais e direitos, vieram a autodenominar o grupo de ‘Mulheres em debate’, e continuam trabalhando em parceria com membros do IFMG e do CRAS. As fotos abaixo ilustram alguns encontros, em dias de oficinas. Esperamos que nosso projeto inspire mais pesquisadores a atuarem juntos a grupos de mulheres que vivem em áreas periféricas, pois sua rica identidade e resistência merecem o nosso apoio."

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