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Outubro no Museu de Zoologia

Publicado: Quinta, 19 de Outubro de 2023, 13h35 | Última atualização em Sexta, 08 de Dezembro de 2023, 15h27

Recorde de público visitante e registro de lobo-guará no campus marcaram o mês de outubro.

 Recorde de Visitantes

Entre os dias 2 e 3 de outubro, o Museu de Zoologia recebeu um número impressionante de visitantes, contando com mais de 800 crianças, acompanhadas por 70 professores e tutores. Estudantes, educadores e administradores do Centro Educacional de Educação Infantil, da Escola Municipal "Prefeito Alberto Pimenta" e da Escola Municipal "Maria de Lourdes Medina Bicalho", todas localizadas no município de São João Evangelista, aproveitaram a oportunidade para explorar o acervo de animais da fauna silvestre da Mata Atlântica.

Na quarta-feira, dia 4 de outubro, o Museu de Zoologia registrou a visita de quase 300 pessoas em um único dia, durante o evento da Mostra de Profissões dos Cursos Técnicos Integrados ao Ensino Médio. Estudantes, professores e acompanhantes de diversos municípios, incluindo Bom Jesus da Canabrava (E.E. "D. Lúcio Vieira da Silva"), Euxenita (E.E. "Elpídio de Pinho Tavares"), Guanhães (E.E. "São Sebastião"), Nelson de Sena (E.E. "Major Lermino Pimenta"), Rio Vermelho (E.E. "Santos Carvalhais"), Sabinópolis (E.E. "Prof. Patrício Paes de Carvalho) e Sapucaia de Guanhães (E.E. "Otávio Nunes Leite"), visitaram o museu e tiveram a chance de explorar seu fascinante acervo.

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Visitantes de estudantes ao museu de zoologia

No dia 7 de outubro, os estudantes do 2º período Curso Técnico em Enfermagem, oferecido pela Escola Profissionalizante Educar e Saúde (PRO'ES), tiveram a oportunidade de visitar o Campus São João Evangelista e explorar o Laboratório de Microscopia e o Museu de Zoologia. Essa visita fez parte das atividades da disciplina "Nutrição e Dietética em Saúde", ministrada pela Professora Tutora Dj'any Estela A. Costa, que também é Auxiliar de Enfermagem no Setor de Ambulatório Médico do campus. As atividades foram conduzidas pelo Professor Marcelo Filardi do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas.

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Visitantes em frente ao Prédio Escolar IV (laboratórios da Biológicas)

Já nos dias 18 e 19 foi a vez dos estudantes, monitoras e professoras do Instituto Presbiteriano Gammon, de Guanhães-MG, conhecerem os Laboratórios de Anatomia Humana, de Biologia Animal, de Microscopia e o Museu de Zoologia do IFMG.

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Visita de estudantes ao laboratório de microcospia

As visitas foram conduzidas pelos professores do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas Marcelo Filardi e Giuslan Carvalho e com a colaboração dos licenciandos do curso Fabíola Souza, Júnia Almeida, Luana Rocha, Mariana Silva e Thiago Reis. 

Registro de lobo-guará no campus

No dia 17 de outubro de 2023, um lobo-guará foi avistado nas proximidades do Prédio Escolar 4 do IFMG-Campus São João Evangelista. O servidor Genilton Serafim relata que, por volta das 21h30, o lobo-guará surgiu no estacionamento localizado à frente do prédio. O animal aparentava estar saudável e tranquilamente atravessou a via principal, adentrando-se em um fragmento vegetacional onde desapareceu. As imagens a seguir foram capturadas pelo sistema de CFTV do campus e analisadas pelo biólogo Marcelo Filardi, professor do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas, que confirmou tratar-se de um lobo-guará.

A presença desse animal da fauna silvestre pode ser atribuída ao fato de que o campus abriga um extenso fragmento de Mata Atlântica preservada, com aproximadamente 1,3 km2. Esse registro demonstra o grau de preservação desse ambiente vegetacional tanto na instituição quanto nos arredores do município. No entanto, a aproximação do animal a áreas urbanizadas aumenta os riscos de atropelamento, ataques de cães domésticos e caça ilegal.

O lobo-guará (Chrysocyon brachyurus) é um canídeo mesopredador endêmico da América do Sul e é um animal onívoro generalista. Devido ao seu consumo de grandes quantidades de frutos, desempenha um papel importante na dispersão de sementes de plantas, com destaque para a lobeira (Solanum lycocarpum). A gestação dessa espécie dura 65 dias, resultando no nascimento de entre 2 e 5 filhotes. O termo "lobo" tem origem no latim "lupus", enquanto "guará" deriva do tupi-guarani "agoa'rá", que significa "pelagem vermelha", em referência à sua coloração corporal. O nome científico, Chrysocyon brachyurus, tem origem no grego latinizado e significa "Chrysos" (dourado), "cyon" (cachorro), "brachy" (curta) e "urus" (cauda).

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Foto: Registro do biólogo Rogério Cunha de Paula (Projeto Sou Amigo do Lobo)

O lobo-guará se alimenta de pequenos animais, como ratos, gambás, coelhos, preás, cobras, sapos e aves, além de frutas como lobeira, pêssego, maracujá e goiaba. São animais considerados praticamente inofensivos e que evitam contato com os seres humanos.

Curiosidades sobre o lobo-guará

Representação em moedas e notas: O lobo-guará foi representado na moeda de CR$ 100,00 (cruzeiros-reais) em 1993-1994 e na nota de R$ 200,00 em 2020. A escolha do lobo-guará para as notas do Real ocorreu em 2001, após uma pesquisa nacional que perguntou à população quais animais da fauna brasileira deveriam ilustrar as notas. O lobo-guará ficou em terceiro lugar na pesquisa, aguardando 18 anos para figurar nas cédulas.

Fruta preferida: A fruta preferida do lobo-guará é a lobeira, também conhecida como fruta-do-lobo (Solanum lycocarpum). Essa relação beneficia tanto o animal quanto a planta, estabelecendo uma relação simbiótica. O fruto da lobeira atua como um vermífugo natural contra o verme-gigante dos rins, Dioctophyme renale, que pode causar complicações renais graves no lobo-guará e em outros canídeos e mustelídeos. Além disso, ao dispersar as sementes ao evacuar, o lobo-guará contribui para a regeneração da planta. Portanto, a preservação do lobo-guará está intimamente ligada à preservação da lobeira e do ecossistema do cerrado onde essa relação ocorre.

Descobrindo o Museu de Zoologia

No Museu de Zoologia, os visitantes têm a chance de conhecer a técnica de taxidermia ("empalhamento de animais") e uma variada seleção de espécimes da fauna silvestre do bioma da Mata Atlântica. Entre as espécies apresentadas estavam serpentes, coelhos, corujas, gaviões, gambás, guaxinim-mão-pelada, lagartos, raposinhas ou cachorros-do-mato, lobo guará, lontra, ouriço-cacheiro ou porco-espinho, pica-pau, urubus, seriemas, teiús, tatus, jacus, jaguatiricas, tamanduás, quatis, e muito mais. Esses animais, infelizmente, foram vítimas de atropelamento, envenenamento, eletrocussão, ataques de cães domésticos e outras causas não relatadas. Além do acervo taxidermizado, os visitantes também puderam explorar peças fósseis com mais de 100 milhões de anos da Formação Crato.

Imagem18Museu de Zoologia do IFMG-Campus São João Evangelista

Agendamentos: Marcelo Filardi

E-mail:  museudezoologia.sje@ifmg.edu.br

Instagram: @museudezoologiaifmgsje

Contato: (33) 3412-2922

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